Auxílio Emergencial do Governo Federal reduz em 23,7% a pobreza no país

As regiões mais impactadas foram o Nordeste, com redução de 30,4% no número de pessoas pobres, seguida pelo Norte, com 27,5%


O Auxílio Emergencial do Governo Federal atingiu mais uma marca expressiva: reduziu a pobreza em 23,7% no país. A conclusão é do estudo “Classes Econômicas e o Caminho do Meio: Crônica da Crise”, publicado pela da Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta sexta-feira (09.10). O benefício que é pago a 67,7 milhões de pessoas já realizou um investimento de R$ 221,5 bilhões para reduzir impactos socioeconômicos causados pela pandemia do Covid-19.

De acordo com a pesquisa, 15 milhões de cidadãos saíram da linha da pobreza, ou seja, tiveram renda domiciliar per capita maior que meio salário mínimo (R$ 522,50). O estudo compara os dados até agosto de 2020 com todo o ano de 2019. As regiões mais impactadas foram o Nordeste, onde a pobreza reduziu 30,4%, seguida pelo Norte, com 27,5%. No Centro-Oeste o índice ficou em 21,7%, no Sudeste em 14,2% e no Sul, em 13,9%.

“O Governo Federal sempre olhou com atenção especial para os mais vulneráveis e ainda mais neste período da pandemia. Isso fica comprovado quando vemos que os recursos transferidos por meio do Auxílio Emergencial vão para a população mais pobre das regiões mais carentes do país, como diversos estudos já apontaram”, afirmou Onyx Lorenzoni, ministro da Cidadania.

Os dados da PNAD Covid-19 do IBGE mostraram que o valor médio do Auxílio Emergencial por domicílio foi aumentando mês a mês e chegou a R$ 901 por residência em agosto. Além de retirar pessoas da pobreza, o benefício foi capaz de evitar que 23,5 milhões de cidadãos entrassem nesta condição.

“De maneira geral, a gente observou um boom social inédito, mesmo comparando com períodos pós-estabilização, que foram de boom social. Em toda a série estatística a pobreza nunca esteve num nível tão baixo. A queda foi realmente inédita de acordo com as séries estatísticas”, comentou Marcelo Neri, coordenador da pesquisa da FGV.

Fonte única

Outro estudo, desta vez publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea),  mostrou que o Auxílio Emergencial foi a única fonte de renda para 4,25 milhões de domicílios brasileiros em agosto. A pesquisa revelou, ainda, que a média de R$ 901 pagos por residência aos beneficiários do programa naquele mês representou ganho de renda de 132% nos lares mais pobres.

O trabalho do pesquisador Sandro Sacchet do Ipea usou como fonte primária de dados a PNAD Covid-19 do IBGE, que mostrou que em agosto houve recuperação de renda ainda maior se comparado a julho. “O papel do Auxílio Emergencial na compensação da renda perdida em virtude da pandemia foi proporcionalmente maior do que no mês anterior”, destaca o autor da pesquisa.

De modo geral, os trabalhadores receberam em agosto 89,4% dos rendimentos habituais (2,3 pontos percentuais acima de julho). Isso representa R$ 2.132 em média, contra uma renda habitual de R$ 2.384. O Auxílio Emergencial superou em 41% a perda da massa salarial entre os que permaneceram ocupados.

Diretoria de Comunicação – Ministério da Cidadania

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