Operação Acolhida interiorizou 1.300 venezuelanos em agosto
Mesmo com a pandemia, a ação não parou e beneficiou cerca de 42 migrantes e refugiados por dia
Criada para receber venezuelanos que fugiam da ditadura vigente no país e buscam melhores condições de vida no Brasil, a Operação Acolhida segue em pleno funcionamento, apesar da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. Só em agosto deste ano, 1.300 migrantes e refugiados foram interiorizados. Ao todo, são 41.146 beneficiários que hoje contam com novas oportunidades em 608 municípios brasileiros. As cidades que mais receberam os novos moradores foram Manaus (4.718), São Paulo (2.639) e Curitiba (2.500).
O Ministério da Cidadania, responsável pela coordenação do Subcomitê Federal para Interiorização, investiu R$ 80 milhões entre março e julho para promover ações socioassistenciais e inclusão socioeconômica dos migrantes e refugiados venezuelanos. Para o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, os bons números da iniciativa comprovam que a Operação Acolhida é um verdadeiro sucesso. “O governo do presidente Jair Bolsonaro não mede esforços para devolver a dignidade e a esperança que foram tirados dos venezuelanos”.
Na última quarta-feira (09.09), representantes de quatro Ministérios do Governo Federal, além de Casa Civil e Secretaria de Governo, realizaram uma visita técnica aos abrigos em Pacaraima (RR), cidade que faz fronteira com a Venezuela. Dante Viana, secretário-adjunto da Secretaria Especial do Desenvolvimento Social afirma que, certamente, a operação servirá como modelo para outros países. “Nenhuma outra operação de acolhimento de refugiados no mundo jamais colocou uma estrutura tão complexa quanto a nossa. A Operação Acolhida, hoje, é o parâmetro que os órgãos internacionais vão usar para o resto do mundo”, disse.
Entre os migrantes e refugiados interiorizados, 58% buscam reunificação social, 29% pedem abrigo e 9% desejam reunificação familiar. Para auxiliar na estratégia de interiorização, o governo conta com as nove casas de passagem espalhadas pelo país. Elas são gerenciadas pela sociedade civil e foram criadas para receber e apoiar os venezuelanos por alguns dias, sendo um ponto de apoio intermediário entre o embarque em Boa Vista ou Manaus e o local de destino final das pessoas refugiadas e migrantes.
Operação Acolhida em números
- 2 milhões de atendimentos nos Postos de Atendimento da Operação Acolhida (RR e AM).
- 388 mil doses de vacinas administradas.
- 89 mil Carteiras de Trabalho emitidas.
- 251 mil CPFs emitidos.
- 198.623 atendimentos sociais realizados.
- 38 mil Concessões de refúgio
- R$ 1,3 bilhão investido no financiamento de logística, estrutura, segurança, ações em saúde, educação, direitos humanos e assistência social
(Até julho de 2020)
O que é?
A Operação Acolhida é uma grande força tarefa humanitária, coordenada pelo Governo Federal, composta por 11 ministérios, com apoio de agências da ONU e de mais de 100 entidades da sociedade civil, para oferecer assistência emergencial aos migrantes e refugiados que entram pela fronteira com Roraima.
A estratégia de interiorização teve início em abril de 2018 e até o fim de agosto foram interiorizadas mais de 41,1 mil pessoas em mais de 608 cidades brasileiras. Desde o início de 2020 foram interiorizados mais de 13,9 mil venezuelanos, o que representa um investimento do Governo Federal de mais de R$ 630,9 milhões.
Diretoria de Comunicação – Ministério da Cidadania
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