Criança Feliz: atividades e visitas domiciliares passam por adaptações em período de pandemia

Ferramentas digitais, como videochamadas, ajudam no atendimento a famílias em todo o país. Cidade do interior do Ceará tem campanha de conscientização contra o trabalho infantil

Crianças do município cearense de Marco fizeram atividade especial contra o trabalho infantil. Fotos: Arquivo pessoal

Para manter o atendimento das famílias beneficiadas pelo Criança Feliz, programa do Governo Federal coordenado pelo Ministério da Cidadania, gestores e visitadores precisaram adaptar as atividades de promoção do desenvolvimento na primeira infância e as visitas domiciliares, garantindo o apoio às famílias vulneráveis. Em todo o país, 2.941 cidades recebem recursos federais para realizar as ações promovidas pelo Criança Feliz. O município de Marco, no interior do Ceará, a 220km de Fortaleza, é um dos exemplos de adaptação. Além de transformar os meios digitais em ferramentas de educação, os visitadores propõem atividades que estimulam tanto os pais quanto as crianças.

A supervisora do programa no município, Ana Carolina Pontes, explica que, duas vezes por semana, são feitas videochamadas com as famílias para apresentar e acompanhar as atividades propostas. Nesta semana, a ideia foi trazer o tema do trabalho infantil. “Estamos trabalhando a campanha contra o trabalho infantil. Sugerimos às famílias que elaborassem um cartaz com a frase ‘Trabalho infantil não é brincadeira’ e postassem em suas mídias sociais”, disse Ana Carolina. Ela conta que o resultado foi incrível: “São ações simples como essa que fazem as crianças terem uma infância diferenciada. As famílias estão se adaptando muito bem. Isso é gratificante para nós”.

Ana Carolina ressalta que, das 300 famílias atendidas pelo Criança Feliz em Marco, cerca de 120 não têm acesso a meios digitais: “Para essas famílias, as atividades são feitas presencialmente, mas os visitadores utilizam os equipamentos de prevenção e alertam sobre os cuidados que devem ser tomados em relação ao coronavírus”.

O programa Criança Feliz tem como foco o atendimento a gestantes e crianças de até três anos inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e crianças de até seis anos que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

O atendimento remoto foi autorizado pela Portaria Conjunta nº 1, publicada em 27 de abril no Diário Oficial da União. Além das atividades oferecidas para promoção do desenvolvimento infantil e familiar, os visitadores que acompanham presencialmente as famílias orientam e informam sobre os cuidados necessários para evitar a contaminação pelo coronavírus.

Jéssica Barz – Diretoria de Comunicação – Ministério da Cidadania

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