Representantes de estados e municípios relatam experiências com o Criança Feliz em seminário internacional sobre o programa
Evento segue até esta quinta-feira e pode ser acompanhado online. Nesta quarta, organismos internacionais falam sobre o papel do programa do Governo Federal voltado para a primeira infância
Paola Appolinário Pastrello fez um relato sobre a experiência paulista com o Criança Feliz.
Foto: Frame de vídeo
Coordenadores, supervisores e visitadores do programa Criança Feliz, do Governo Federal, participaram, na última terça-feira (01.12), do primeiro dia do 3º Seminário Internacional - A Qualificação das Ações do Programa Criança Feliz e o impacto nas políticas de atendimento à primeira infância: desafios e oportunidades. Representantes de estados e municípios apresentaram relatos e experiências com a execução do programa.
Coordenadora do Criança Feliz no estado de São Paulo, Paola Appolinário Pastrello fez uma exposição da abrangência e do impacto do Criança Feliz em seu estado, que aderiu ao programa em 2016. Atualmente, dos 429 municípios elegíveis em São Paulo, 216 estão ativos. São 19.166 beneficiários e quase 70 mil visitas já realizadas. Para isso, o estado conta com 2.008 visitadores.
"Em São Paulo temos a característica específica de que os visitadores são, em sua maioria, estagiários dos cursos de serviço social, pedagogia e psicologia", explicou Paola. Segundo ela, há também uma política de educação permanente para garantir que os atendimentos domiciliares e as ações de proteção básica sejam as mais proveitosas.
Na estrutura paulista, há 26 diretorias regionais de assistência e desenvolvimento social, que Paola define como os "braços da gente nos municípios". O suporte institucional socioassistencial conta ainda com 1.160 unidades do CRAS, 302 CREAS e 55 Centros POP. De acordo com Paola Appolinário, o estado de São Paulo assinou o Pacto Nacional pela Primeira Infância, que estabelece uma série de compromissos entre Legislativo, Judiciário, Executivo e Sociedade Civil para priorizar a primeira infância em políticas públicas. "O Criança Feliz é uma dessas políticas. Eu amo esse programa porque ele é estratégico e potente para mudar a realidade das nossas crianças", resumiu a coordenadora.
Maura dos Santos, uma das 27 visitadoras do município de Sabará, no interior de Minas Gerais, contou, emocionada, algumas histórias de famílias atendidas. “Vemos o quanto esse programa faz a diferença na vida das pessoas. Eu atendo uma criança que tem dificuldades motoras e a parte óssea não reagia. Eu via a dificuldade naquela família e quando começamos com as visitas domiciliares, vi o quanto foi transformador. Hoje vemos ela reagindo às atividades e participando. É emocionante”, conta.
Foto: Rafael Carvalho/ Min. Cidadania |
Experiência na pandemia
Andresa Amaral, supervisora do Criança Feliz em Iguaracy (PE), falou sobre estratégias de formação e a experiência do município diante do cenário da pandemia. A atuação vai além da visitação domiciliar e a equipe do programa atua diretamente com a rede, o CRAS e CREAS, explica Andresa. “Trabalhamos com a família, com a comunidade e vemos a diferença que isso traz para a nossa cidade”, diz.
Durante a pandemia, novas medidas foram adotadas para que o desenvolvimento infantil não fosse comprometido. “Precisávamos garantir a segurança das famílias, das equipes, mas ao mesmo tempo não podíamos deixar as pessoas desassistidas. Fizemos um caderno de atividades e as visitadoras entregavam para as famílias e explicavam ao cuidador como executá-las. O acompanhamento era feito por celular, mas naquelas famílias que não tinham acesso à internet seguimos com as visitas, cumprindo todas as recomendações sanitárias estabelecidas pelo Ministério da Saúde”, explica. O primeiro dia de evento ainda contou com a participação de representantes do estado do Pará e dos municípios de Esteio (RS), Tocantínia (TO) e Corumbá (MS).
O evento
O 3º Seminário Internacional conta com diversas mesas temáticas, que serão transmitidas ao vivo pela internet. Nesta quarta-feira (02.12), uma mesa especial vai tratar sobre a importância de se investir no desenvolvimento da primeira infância. Parceiros como o Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a Fundação Bernard Van Leer, a Fundação Lego, a Fundação Maria Cecília Souto Vidigal e a ONU farão apresentações.
Em seguida, serão discutidos os serviços integrados voltados para o desenvolvimento infantil, com apresentação de convidados de países como Chile, Peru, Holanda, Colômbia e Equador. Na mesa sobre as inovações em entrega de serviço, os convidados serão da Argentina, dos Estados Unidos, da Jamaica, da Guatemala e da Índia.
No terceiro e último dia, será realizada uma plenária com os participantes das mesas de trabalho nacionais e internacionais, com apresentação pela relatoria do que foi discutido.
Diretoria de Comunicação - Ministério da Cidadania
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