Programa Criança Feliz oferece capacitação online para equipes municipais

Medida vale por 120 dias e serve como alternativa para as cidades que aderiram recentemente ao programa capacitarem visitadores e supervisores

A pandemia do novo coronavírus tem exigido soluções inovadoras em diversas áreas. O pilar do Programa Criança Feliz, do Ministério da Cidadania, por exemplo, são as visitas domiciliares a gestantes e a crianças em situação de vulnerabilidade. Para permitir às equipes dos municípios que aderiram recentemente ao programa realizar o atendimento nas residências, a Secretaria Especial do Desenvolvimento Social disponibilizou um curso de capacitação online, conforme portaria publicada nesta quinta-feira (23.04).

A capacitação pela internet substitui temporariamente o treinamento presencial, que será retomado após os 120 dias do prazo estabelecido na portaria. São dois cursos de 40 horas cada um, para que visitadores e supervisores possam começar a fazer as visitas. A secretária nacional de Promoção do Desenvolvimento Humano, Ely Harasawa, destaca que o Criança Feliz é um serviço essencial para a população e que não pode ser paralisado.


“Tivemos mais de 300 municípios entrando no programa desde setembro, quando abrimos para novas adesões. Os gestores têm um tempo para se organizar, estruturar e contratar equipes. A grande maioria dos municípios deveria estar capacitando as equipes quando veio a pandemia. Para contornar a situação e para continuar o trabalho, que é essencial lá na ponta, a gente disponibilizou esse curso online”, explica Ely Harasawa.

Outra medida adotada pelo Ministério da Cidadania foi a de flexibilizar as metas para que o financiamento dos municípios não seja prejudicado. Dependendo do porte da cidade, é estabelecida uma quantidade de gestantes ou crianças a serem atendidas. “Se o município não cumprir 30% da meta pactuada, o recurso dele é bloqueado. Por exemplo, para o município classificado como de Pequeno Porte 1, a meta é atender 100 gestantes ou crianças do Cadastro Único, Bolsa Família ou BPC. Como estamos em uma situação de emergência, tiramos essa trava”, detalha Ely Harasawa.

No entanto, a flexibilização não quer dizer que o relatório de atendimento, mesmo remoto, não deixe de ser minucioso. Nos municípios com isolamento mais rígido, a ideia é realizar o contato por telefone, vídeo ou mesmo enviando materiais como livros e cartilhas. “Neste momento em que o estresse é maior, dar esse acolhimento é muito importante”, alerta Ely. “Nos municípios onde as visitas presenciais estão suspensas, a gente recomenda que o atendimento, mesmo remoto, não pare, porque é um serviço essencial. É importante manter esse contato com as famílias”, completou.

Para os locais que seguem com o atendimento presencial, a secretaria tem reforçado a necessidade de obedecer as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) para evitar o contágio com o coronavírus.

Expansão

Em março, eram 2.927 cidades atendidas pelo Criança Feliz. O processo de adesão ao programa segue ativo mesmo diante da crise do coronavírus, assim como os pedidos para expansão nas localidades que já contam com a iniciativa e que atingiram 90% das metas.

O Ministério da Cidadania também prorrogou até 31 de maio o prazo para registro, no Prontuário Eletrônico do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), das visitas domiciliares do Criança Feliz do mês de março.

Assessoria de Comunicação – Ministério da Cidadania

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