ONU Brasil e Banco Mundial destacam significado do Seminário Internacional do Criança Feliz

Evento terá início na próxima terça-feira (01.12) e vai tratar sobre a qualificação das ações do programa, com a presença de parceiros nacionais e internacionais

Foto: Francisco Medeiros/Min. Cidadania

Considerado no ano passado o maior programa do mundo na área de inovação em educação e vencedor do prêmio Wise Awards, o Criança Feliz será debatido na próxima semana, entre terça e quinta-feira (1º a 03.12), durante o III Seminário Internacional - A Qualificação das Ações do Programa Criança Feliz e o impacto nas políticas de atendimento à primeira infância: desafios e oportunidades. O evento terá a participação dos principais parceiros do programa em âmbito global, como o Banco Mundial e o Programa Conjunto Fundo ODS.

"Nós sabemos que intervenções integradas na primeira infância são cruciais para melhorar as vidas das famílias e comunidades. O investimento no desenvolvimento das crianças a partir dos primeiros anos de vida é uma das formas mais eficazes de promover o crescimento econômico inclusivo, garantir oportunidades para todos e vencer a extrema pobreza, sem deixar ninguém para trás", destaca o coordenador residente do Sistema ONU no Brasil, Niky Fabiancic.

"É por isso que o Sistema ONU firmou parceria com o Ministério da Cidadania, por meio do Fundo Conjunto para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), para fortalecer o Programa Criança Feliz e ampliar o acesso dos municípios brasileiros a serviços essenciais para a promoção do desenvolvimento sustentável e para a implementação da Agenda 2030", completa.

O Programa Conjunto Fundo ODS tem como objetivo incentivar os países no alcance dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU). No Brasil, é formado por um conjunto de agências parceiras (Unicef, Pnud, UNFPA, Unesco e ONU Mulheres), que participam ativamente do Criança Feliz, ao lado do Ministério da Cidadania, desenvolvendo conteúdos que auxiliem o trabalho dos visitadores, sobretudo no contexto da pandemia de Covid-19.

Fabiancic destacou também como os desafios vivenciados em 2020, sobretudo em relação às visitas domiciliares, resultaram na busca por soluções inovadoras para que as famílias continuassem apoiadas de forma segura durante a pandemia. "Precisamos investir na capacitação de profissionais do programa, no uso de tecnologias e no apoio a melhorias dos serviços entregues pelo programa. A inovação tem sido e continuará sendo a marca dessa parceria entre as Nações Unidas e o Brasil", adianta.

"Em 2021 vamos tirar proveito das soluções desenvolvidas ao longo deste ano e da experiência acumulada para aprimorar ainda mais o Programa Criança Feliz e fortalecer a articulação com as novas administrações municipais para atrair mais municípios para o programa e, assim, atingirmos a meta de incluir mais mil municípios e 1 milhão de crianças no Criança Feliz", acrescenta.

Capital humano

Além de representantes da ONU, outra participação internacional no seminário será do Banco Mundial. "O Banco Mundial colabora com os países para reduzir a pobreza e gerar oportunidades, especialmente para famílias em condições de pobreza e vulnerabilidade", ressalta a economista Julieta Trias. "Investir na primeira infância é um dos investimentos mais inteligentes que um país pode fazer para reduzir a pobreza extrema, combater a desigualdade e desenvolver o capital humano necessário para que a economia cresça e se diversifique", pondera.

"Os primeiros anos de vida são fundamentais para o desenvolvimento da criança. Durante essa etapa, o cérebro se desenvolve no ritmo mais rápido de toda a sua vida. As crianças começam a desenvolver habilidades que serão a base para o seu aprendizado na escola e a sua produtividade na vida adulta. Os primeiros 1.000 dias da criança são considerados uma janela de oportunidade. Se essa oportunidade for perdida, remediar é muito mais caro e difícil em outra fase da vida", alerta, reforçando também a importância do seminário internacional.

"O seminário é de suma relevância porque será um espaço no qual o Programa Criança Feliz poderá rever tanto as melhores práticas locais e internacionais quanto os desafios que outros programas semelhantes têm enfrentado no resto do mundo", acredita. "O seminário permite ao programa revisar seu desenho para melhorar a qualidade dos serviços de maneira que atenda às necessidades das famílias em diferentes contextos e com os desafios que a pandemia e o confinamento nos impuseram", aponta.

Qualificação

O encontro contará ainda com a participação de fundações ligadas à infância, coordenadores estaduais e parceiros do Criança Feliz, governadores e secretários estaduais e municipais de Assistência Social. Ao longo dos três dias de programação, o objetivo é propor estratégias estruturais para a promoção do desenvolvimento infantil e do fortalecimento de vínculos, por meio da qualificação das ações do programa, levando em consideração os diferentes contextos socioeconômicos, geográficos e culturais. As mesas temáticas serão transmitidas ao vivo pela internet.

"O Governo Federal tem como prioridade o Programa Criança Feliz. Convidamos a todos para participarem do nosso seminário internacional, na semana que vem, onde estaremos discutindo com nossos parceiros nacionais e convidados internacionais acerca da qualificação da atuação e da execução do programa", disse a secretária nacional de Atenção à Primeira Infância do Ministério da Cidadania, Luciana Siqueira, durante o bate-papo online realizado na última quarta (26) sobre os desafios, as conquistas e as propostas do Criança Feliz.

A iniciativa do Governo Federal voltada para a primeira infância completou quatro anos em outubro com mais de um milhão de pessoas visitadas. São 898 mil crianças atendidas, 881 mil famílias acompanhadas e 202 mil gestantes orientadas em 2.928 municípios brasileiros.

Diretoria de Comunicação - Ministério da Cidadania

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