Sobe para 44% o percentual de domicílios beneficiados com o Auxílio Emergencial no país
São 30,2 milhões de lares brasileiros que receberam em média R$ 896 pelo programa do Governo Federal, conforme revela pesquisa do IBGE PNAD Covid-19 referente a julho
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A cada mês, aumenta o número de lares brasileiros beneficiados pelo Auxílio Emergencial. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Covid-19 divulgada nesta quinta-feira (20.08) mostra que passou de 43% em junho para 44,1% em julho a proporção de residências que receberam recursos do programa do Governo Federal. São 30,2 milhões de domicílios, 813 mil a mais que no mês anterior.
"Nós sabemos o quanto o Auxílio Emergencial tem sido importante nesse momento difícil. É dinheiro para comida, remédios, para pagar contas. Cada um tem a sua necessidade. Além disso, os repasses movimentam a economia de inúmeros municípios do Brasil que tiveram sua atividade praticamente paralisada. O trabalho segue com o mesmo empenho e dedicação desde o início. A ordem é não deixar ninguém para trás", afirma o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni.
O percentual de lares recebendo o benefício aumentou em todas as regiões do país. O Norte continua com a maior proporção, agora com 60,6%, sendo que antes era 60%. Em seguida vem o Nordeste, que passou de 58,9% para 59,6%. Os 16 estados das duas regiões são os com maiores percentuais e apenas Rondônia não ultrapassa metade dos domicílios. No Centro Oeste, o percentual de residências que receberam o Auxílio Emergencial saltou de 41,4% para 41,9%, no Sudeste foi de 35,9% para 37,2%, e no Sul de 29,7% para 30,9% dos lares.
Valores
O estudo do IBGE também mostra que o valor médio do Auxílio Emergencial que chega por residência aumenta a cada levantamento mensal. Em julho a média foi de R$ 896 por domicílio beneficiado no país, enquanto no mês anterior o valor foi de R$ 885 segundo dados da PNAD Covid-19.
Os recursos médios por região também são maiores no Norte. O valor cresceu de R$ 961 em junho para R$ 973 em julho, e no Nordeste de R$ 955 para R$ 960. Em seguida, o Sudeste foi de R$ 829 para R$ 847. O Centro-Oeste passou de R$ 837 para R$ 840, enquanto o Sul saiu de R$ 806 para R$ 829.
Segundo atualização da Caixa Econômica Federal, os valores de R$ 600 ou R$ 1.200 foram pagos a mais de 66,5 milhões de pessoas até esta quinta-feira (20.08), com um investimento do Governo Federal que chegou a R$ 166,4 bilhões.
Objeto de estudo
Os pagamentos do Auxílio Emergencial geram dados para diversos levantamentos e estudos econômicos e sociais no Brasil. A PNAD Covid-19 do IBGE é uma dessas fontes primárias de informações para pesquisadores. É o caso de Rogério Barbosa da Universidade de São Paulo (USP) e de Ian Prates do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), que concluíram que o Auxílio Emergencial evitou a queda de 23,5 milhões de pessoas para a pobreza. Além disso, outras 5,5 milhões tiveram aumento de renda. O benefício de R$ 600 é responsável por um acréscimo de R$ 178 na renda domiciliar per capita. Em alguns casos o valor é superior ao que os indivíduos recebiam antes da pandemia.
O economista Daniel Duque, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), também a partir de dados da PNAD Covid-19, concluiu que o Auxílio Emergencial do Governo Federal foi responsável por levar a taxa de extrema pobreza do Brasil ao menor patamar em 40 anos. Com as informações, foi possível mensurar que 3,3% da população brasileira, ou sete milhões de pessoas, viviam na extrema pobreza em junho deste ano. Desde a década de 1980, quando os levantamentos ficaram mais precisos, o menor índice registrado havia sido de 4,2%, em 2014. O benefício atingiu mais de 80% dos domicílios das duas menores faixas de renda.
Outro estudo usando os dados do IBGE, desta vez do Ministério da Economia, apontou que o benefício está concentrado nos 30% mais pobres da população e representou 93% do rendimento dessas famílias.
Diretoria de Comunicação – Ministério da Cidadania
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