Em transmissão ao vivo, ministérios da Cidadania e da Educação explicam parceria para promover o desenvolvimento infantil

Ação conjunta vai integrar os programas Criança Feliz e Conta Pra Mim para estimular o envolvimento familiar na aprendizagem dos filhos

Foto: Frame de vídeo da Live entre ministérios da Cidadania e da Educação

A parceria entre o Ministério da Cidadania e o Ministério da Educação para expandir e integrar os programas Criança Feliz e Conta pra Mim foi o tema de uma Live nesta quarta-feira (26.08). O acordo de cooperação técnica, firmado no último dia 12, tem como foco a promoção do desenvolvimento infantil, sobretudo nos primeiros anos de vida, por meio da literacia familiar.

“Nós entendemos que uma das grandes dificuldades quando uma criança está no ensino formal é por falta de um pré-treinamento, um aquecimento cognitivo, uma aquisição linguística mais ampla para que possam de fato render na educação básica”, afirmou o secretário especial do Desenvolvimento Social do Ministério da Cidadania, Sérgio Queiroz.

“O Criança Feliz consiste em ampliarmos a ação do governo no desenvolvimento da primeira infância, nas áreas cognitiva, motora, linguística e socioafetiva. Estamos muito felizes em trazer o programa do Ministério da Educação para ser um dos conteúdos da nossa abordagem do Criança Feliz”, completou.

Maior programa do mundo de visitação familiar para a primeira infância, o Criança Feliz tem como público prioritário gestantes e crianças de zero a três anos, ou de até seis anos de idade quando beneficiárias do Benefício de Prestação Continuada (BPC). O trabalho consiste no acompanhamento da gestação e dos primeiros anos de vida da criança, com orientações aos cuidadores sobre a importância de atividades que estimulem o desenvolvimento de habilidades cognitivas, linguísticas, motoras e socioemocionais.

Agora esse público contará também com o material do Conta Pra Mim, que segue a Política Nacional de Alfabetização (PNA) e tem como objetivo a promoção da literacia familiar, ou seja, do envolvimento dos pais ou responsáveis na educação dos filhos, considerando que a aprendizagem da linguagem oral, da leitura e da escrita começa na convivência em casa.

“A expressão literacia familiar significa o conjunto de práticas e experiências por meio das quais as crianças estabelecem um contato com a linguagem oral, com a leitura e a escrita”, explicou o secretário de Alfabetização do Ministério da Educação, Carlos Nadalim. “É o reconhecimento de que os pais são os primeiros professores de seus filhos. Nesse sentido, o Conta Pra Mim promove práticas de literacia familiar que fortaleçam os laços afetivos entre pais e filhos e contribuam para o desenvolvimento linguístico das crianças”, acrescentou.


Os kits com livros e materiais didáticos que os visitadores do Criança Feliz distribuirão às famílias do programa serão organizados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). “Os visitadores terão essa missão nobre de não só entregar esses materiais, mas de orientar as famílias por meio da formação”, destacou Nadalim.

Para isso, os visitadores passarão por um treinamento. “Nós vamos organizar uma capacitação para que eles mergulhem nesse universo da literacia e possam compreender a proposta”, adiantou a secretária nacional de Atenção à Primeira Infância do Ministério da Cidadania, Luciana Siqueira.

A secretária lembrou ainda que, mesmo com as dificuldades impostas pela pandemia e pelo distanciamento social, o Criança Feliz conseguiu se adaptar e realizar seis milhões de visitas entre março e agosto. Com a nova iniciativa, o intuito é promover ainda mais o vínculo familiar.

“A gente sabe que a criança não aprende só quando chega na escola. Ela começa a aprender em casa. Se a família proporcionar esses momentos de contato da criança com a leitura, além do estímulo haverá também o fortalecimento do vínculo familiar”, reforçou.

 “O objetivo é alcançarmos as famílias mais vulneráveis. Essas crianças são as que mais necessitam dessas práticas”, ponderou o secretário do Ministério da Educação, destacando que crianças entre quatro e cinco anos das classes sociais mais altas escutam, em média, 30 milhões de palavras a mais do que as de classes mais baixas. “É evidente que o público-alvo do Conta Pra Mim e do Criança Feliz são as famílias em situação de vulnerabilidade social. Nós queremos, por meio dos visitadores, levar não só os materiais do kit, mas as orientações. Isso é o diferencial dessa parceria”, ressaltou Nadalim.

Diretoria de Comunicação – Ministério da Cidadania

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