Cisternas levam produtividade e segurança alimentar ao semiárido nordestino
Equipamento capta e armazena água das chuvas em regiões que passam por longos períodos de estiagem. Região Nordeste já recebeu mais de 3,8 mil em 2020
Na microrregião do Sertão de Inhamuns, no interior do Ceará, a cisterna construída em fevereiro de 2020 fez muita diferença na vida de Sebastião Araújo De Sousa. Agricultor no semiárido, ele viu o cenário da seca se transformar em um campo verde com sua plantação de verduras e hortaliças, graças ao investimento do Governo Federal no local.
Na cidade de Arneiroz, que fica a 340km de Fortaleza, os sete mil habitantes contam com 849 cisternas que fornecem o acesso à água para consumo humano e para a produção de alimentos por meio da implementação de tecnologias sociais simples e de baixo custo. “Essa cisterna vai me permitir uma grande produção. Já tenho milho, tomate, mamão, muita coisa aqui e tudo funcionando. É o aumento de renda de uma família que necessitava muito”, explica Sebastião.
O Programa Nacional de Apoio à Captação de Água de Chuva e outras Tecnologias Sociais (Programa Cisternas) tem como região prioritária o semiárido brasileiro. Para essa região, o foco é na estruturação das famílias para promover a convivência com a escassez de chuva, uma característica do clima na região. São oito meses de estiagem crítica no local e, para isso, utilizam principalmente o modelo cisternas de placas, que funcionam como reservatórios que armazenam água da chuva.
“É muito importante esse olhar para o Nordeste, para que os agricultores que plantam na região semiárida possam ter acesso à água e à plantação o ano todo. São muitos os exemplos que demonstram a efetividade desse programa. O Governo Federal seguirá cada vez mais apoiando essas ações de colocar água a disposição do agricultores do semiárido”, afirmou o secretário nacional de Inclusão Social e Produtiva do Ministério da Cidadania, Ênio Marques.
No Nordeste, o número de cisternas construídas em 2020 ultrapassa os 3,8 mil, nas categorias 1ª água, 2ª água e escolar. A estimativa é de que até o fim do ano sejam construídas mais 10 mil cisternas em todo o país.
O público do programa são famílias rurais de baixa renda atingidas pela seca ou falta regular de água, com inclusão para povos e comunidades tradicionais. Para participar, as famílias devem necessariamente estar inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal.
Diretoria de Comunicação - Ministério da Cidadania
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