Projetos voltados à primeira infância são finalistas de prêmio da Fundação Banco do Brasil, em parceria com o Ministério da Cidadania
Pela primeira vez desde 2001, a FBB premia tecnologias sociais dedicadas ao desenvolvimento infantil. Três iniciativas – duas do Rio Grande do Sul e uma do Amazonas – concorrem ao prêmio final
Brasília/DF – A promoção do desenvolvimento humano na primeira infância ganha mais um espaço de reconhecimento. Em parceria com o Ministério da Cidadania, o Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social reconhece, pela primeira vez, ações que promovam o desenvolvimento da linguagem, a cognição, a motricidade e a socioafetividade na primeira infância. O estímulo ao fortalecimento de vínculos familiares e o exercício da parentalidade também foram observados na indicação dos premiados pela fundação na categoria Primeira Infância. Os vencedores do prêmio serão conhecidos nesta quarta-feira (16), em Brasília.
Foto:Rafael Zart |
Realizado a cada dois anos, desde 2001, o prêmio tem o objetivo de identificar, certificar e multiplicar projetos e ações aplicados em esfera local, regional ou nacional, que contribuam para a solução de problemas sociais. Na categoria Primeira Infância, nove iniciativas brasileiras receberam certificado da Fundação Banco do Brasil (FBB). Destas, três metodologias são finalistas.
Primeira Infância: As finalistas
Primeira Infância Melhor - A visitação domiciliar semanal é a tecnologia de intervenção do Primeira Infância Melhor (PIM), promovido pela Secretaria de Saúde do RS. Além de valorizar a família, a ação trata o domicílio e a comunidade em que vive a família como espaços privilegiados para a promoção da saúde e do bem-estar. A coordenadora do programa, Gisele Silva, ressalta que o PIM trabalha individualmente, conforme as características de cada família. “Além de promover o desenvolvimento infantil, o PIM tem também um protagonismo importante, por ser uma política intersetorial. O programa é porta de entrada para muitos serviços da rede, sejam eles da assistência social, da saúde ou da educação”, afirma.
Após a visita domiciliar, o profissional utiliza a intervenção como base para planejar a atividade da semana seguinte. Além disso, analisa com o monitor e representantes do Grupo Técnico Municipal, em supervisão, aspectos importantes que tenham surgido durante a visita, buscando a otimização das demandas da família, bem como encaminhamentos necessários para a rede de serviços.
Programa de Aleitamento Materno Pró-Mamá
Com o objetivo de aumentar os índices de aleitamento materno e qualificar a atenção no município, o Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica e a gestão municipal de Osório (RS) articularam o Programa Municipal de Aleitamento Materno, o Pró-Mamá. A proposta é padronizar os procedimentos de assistência ao recém-nascido e as ações de orientação às nutrizes no manejo ao aleitamento materno.
Neste sentido, foi desenvolvido um aplicativo com informações baseadas em conhecimento científico, para que as orientações sobre aleitamento materno alcançassem toda a população, conforme conta a coordenadora do projeto, Viviane Heckler: “Nosso maior objetivo é que as mães estejam com informação de qualidade, embasadas no conhecimento científico. Todo material foi elaborado por profissionais da saúde baseados nas referências mais atuais da literatura científica”, explica.
Neste sentido, foi desenvolvido um aplicativo com informações baseadas em conhecimento científico, para que as orientações sobre aleitamento materno alcançassem toda a população, conforme conta a coordenadora do projeto, Viviane Heckler: “Nosso maior objetivo é que as mães estejam com informação de qualidade, embasadas no conhecimento científico. Todo material foi elaborado por profissionais da saúde baseados nas referências mais atuais da literatura científica”, explica.
Primeira Infância Ribeirinha - A realidade das comunidades ribeirinhas é diferente da de comunidades tradicionais dos centros urbanos. São chamados ribeirinhos os povos que habitam às margens dos rios da região amazônica – para eles, a integração com a natureza é fundamental, inclusive, para a subsistência. O projeto Primeira Infância Ribeirinha (PIR) surge com o objetivo de tratar uma problemática específica dessas comunidades tradicionais do Amazonas: o acesso aos serviços básicos de saúde para gestantes e crianças de até seis anos.
Assim, o PIR visa aprimorar o método de visitação domiciliar com foco no desenvolvimento integral de crianças ribeirinhas, por meio da capacitação de Agentes Comunitários de Saúde (ACS). A analista técnica do projeto, Francinete Lima, destaca o papel diferencial dos agentes de saúde no PIR. “O profissional fica apto a identificar problemas das famílias naquela comunidade, que muitas vezes pela distância não possui médico ou enfermeiro. Ele é a pessoa que representa a saúde. Ao identificar o problema, ele já sabe a quem reportar”, relata.
Assim, o PIR visa aprimorar o método de visitação domiciliar com foco no desenvolvimento integral de crianças ribeirinhas, por meio da capacitação de Agentes Comunitários de Saúde (ACS). A analista técnica do projeto, Francinete Lima, destaca o papel diferencial dos agentes de saúde no PIR. “O profissional fica apto a identificar problemas das famílias naquela comunidade, que muitas vezes pela distância não possui médico ou enfermeiro. Ele é a pessoa que representa a saúde. Ao identificar o problema, ele já sabe a quem reportar”, relata.
Apoio
O ministro da Cidadania, Osmar Terra, parabeniza a Fundação Banco do Brasil pela valorização a iniciativas de estímulo à primeira infância. “Os programas de primeira infância, como o Criança Feliz, se baseiam na experiência humana e na ciência, na organização das competências cerebrais. É um assunto fantástico, que quanto mais a gente conhece, mais reconhece a importância de um prêmio como esse”, frisa.
A experiência brasileira com o programa Criança Feliz rendeu o primeiro lugar no prestigiado prêmio da Cúpula Mundial de Inovação para a Educação, vinculado à Qatar Foundation. A premiação é uma das maiores do mundo e reconheceu a contribuição do Criança Feliz para lidar com os desafios globais da educação. O programa brasileiro de atenção à primeira infância competiu com mais de 480 projetos de vários países.
Banco de Tecnologias Sociais
Todas as metodologias certificadas pela FBB passam a integrar o Banco de Tecnologias Sociais (BTS) da FBB, que hoje conta com 986 iniciativas. O BTS é uma base de dados online que reúne metodologias reconhecidas por promoverem a resolução de problemas comuns a diversas comunidades brasileiras. No acervo, as experiências podem ser consultadas por tema, cidade, estado ou país, entre outros parâmetros de pesquisa. O conteúdo está disponível também nas versões em francês, inglês e espanhol e pode ser consultado no celular, pelos sistemas operacionais iOS e Android, por meio do aplicativo BTS.
Para o presidente da Fundação Banco do Brasil, Asclepius Soares, o Pepe, o prêmio se consolida em sua décima edição como referência nacional em tecnologia social, com o olhar especial deste ano para o pleno desenvolvimento das crianças. “Essa premiação é algo que mexe muito com a gente, pois estamos olhando para o futuro e, se quisermos um grande futuro para esse país, temos que cuidar das crianças”, afirmou.
Prêmio
A décima edição do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social tem 24 tecnologias sociais finalistas dos estados de Alagoas, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina e Sergipe. Elas irão dividir R$ 700 mil em premiações, sendo R$ 50 mil para o primeiro colocado, R$ 30 mil para o segundo e R$ 20 mil para o terceiro de cada categoria.
As categorias nacionais em disputa são: Cidades Sustentáveis e/ou Inovação Digital; Educação; Geração de Renda e Meio Ambiente. Há também as premiações especiais: Primeira Infância, Mulheres na Agroecologia, Gestão Comunitária e Algodão Agroecológico. Ainda há a categoria Internacional, destinada a iniciativas da América Latina e do Caribe. As ações concorrentes do exterior são da Guatemala, Colômbia e República Dominicana.
Por Renata Garcia
Assessoria de Comunicação
Ministério da Cidadania
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