Ministério da Cidadania promove oficina de educação financeira a gestores da assistência social

Técnicos da rede Suas do Pará discutiram sobre como ajudar na educação financeira de beneficiários do Bolsa Família

Foto:Ronaldo Caldas
Brasília/DF – Garantir educação financeira para melhorar a gestão do orçamento familiar. Esse é o objetivo do Futuro na Mão, inciativa do Ministério da Cidadania que visa orientar beneficiários do programa Bolsa Família sobre como investir o próprio dinheiro. A ação é articulada pela Secretaria Nacional de Renda de Cidadania (Senarc) e consiste em capacitar técnicos e gestores da rede do Sistema Único de Assistência Social (Suas) sobre o tema. Entre os últimos dias 16 a 18, a pasta promoveu, em Brasília, oficinas a cerca de 30 gestores de municípios do Pará.
A metodologia de capacitação do Futuro na Mão promove três oficinas com tecnologias sociais específicas, que juntas devem atingir o mesmo objetivo: auxiliar as famílias do Bolsa Família na organização financeira de casa. “O objetivo é que essas informações e ferramentas auxiliem as famílias a repensar a organização financeira, dentro do seu contexto, que a gente sabe ser desafiador. O Futuro na Mão vem no sentido de apoiar as famílias a fazerem uma revisão da sua tomada de decisão financeira e planejar onde elas querem chegar”, explica a diretora de Benefícios do Programa Bolsa Família, Caroline Paranayba.
Para chegar aos beneficiários, a ação aproxima o governo federal da gestão local. “A nossa estratégia consiste em capacitar técnicos e demais profissionais da área para que eles, que têm o contato com o beneficiário final, consigam reproduzir as oficinas desenvolvidas aqui diretamente junto ao público atendido”, ressaltou a analista de política social da Senarc, Raphaella Bandeira, que ministrou oficinas no encontro.

Perspectiva

A Fundação Papa João 23 é o órgão gestor da política de assistência social em Belém, capital do Pará. A coordenadora da Proteção Social Básica da instituição, Keila Araújo, ressaltou que o maior desafio da política de assistência social é pensar estratégias possíveis de transformação e garantia de autonomia. “Um curso de educação financeira te oportuniza pensar, organizar e sonhar, além de garantir um controle de dívidas, gastos e poder planejar a vida da família. E no momento que você organiza a vida financeira, todas as relações que envolvem o seio familiar terão consequências positivas. E eu acredito que isso é possível”, frisou.
A presidente da Fundação, Adriana Monteiro Azevedo, atentou para a importância da troca de experiências entre os gestores em meio às oficinas. “Poder estar com eles no momento de construção é necessário pela troca, porque em instâncias diferentes temos funções diferentes”, apontou. “Grande parte dos problemas sociais hoje enfrentados nas famílias são ocasionados pela questão da renda. É importante você levar uma proposta de que isso pode ser minimizado, pode ser tratado”, comentou, sobre a iniciativa do Ministério da Cidadania.

Futuro na Mão

A iniciativa foi desenvolvida com a participação de mais de três mil beneficiárias do programa de transferência de renda do governo federal e aproximadamente 200 trabalhadores dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) de todas as regiões brasileiras. O Futuro na Mão tem a parceria da Associação de Educação Financeira do Brasil (AEF-Brasil), com financiamento do Banco Mundial e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
As oficinas de educação financeira são formadas por três encontros, oferecidos nos Cras, no âmbito do Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (Paif). Cada encontro possui objetivos específicos e as participantes recebem um material para auxiliá-las durante o curso. O material utilizado baseia-se em três eixos: formação de reservas, planejamento financeiro e controle de dívidas.
Por Renata Garcia
Assessoria de Comunicação
Ministério da Cidadania

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