Senado aprova MP que libera consignado a beneficiários do Auxílio Brasil
Texto segue agora para sanção presidencial. Margem de desconto do serviço foi estendida para quem ganha o benefício social e para quem recebe BPC
Plenário do Senado - Foto - Jefferson Rudy/Agência Senado |
O Senado aprovou nesta quinta-feira a medida provisória que autoriza a concessão de empréstimo consignado para beneficiários do Auxílio Brasil até o limite de 40% do valor e também libera esse tipo de crédito para quem recebe o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A MP foi assinada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) em março deste ano para estimular a economia no ano eleitoral.
O projeto foi aprovado pela Casa em votação simbólica. O projeto agora vai à sanção.
O BPC é um benefício pago a idosos carentes e pessoas com deficiência que comprovem estar em situação de vulnerabilidade.
O texto também aumenta a margem do empréstimo consignado para 45% margem consignável para pensionistas e aposentados do INSS.
O projeto autoriza que a União desconte as parcelas do empréstimo direto do benefício. A redação completa ainda que a responsabilidade sobre a dívida não poderá recair sobre a União.
Para beneficiários do Auxílio, a margem de crédito é de 40%. Já para aposentados e pensionistas que recebe o BPC, equivalente a um salário mínimo pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda, a margem do empréstimo consignado aumenta para 45% do valor do auxílio.
Para todos os casos, 5% dessa taxa ficará reservada exclusivamente para operações com cartões de crédito consignado, como saque e despesas.
As parcelas do empréstimo consignado são descontadas automaticamente da folha de pagamento ou do benefício de quem contrata esse tipo de serviço. A margem é estipulada para que a pessoa evite o superendividamento e tenha capacidade para quitar a dívida.
Fila na Caixa para receber o Auxílio Emergencial - Foto: Guito Moreto/Agência O Globo |
Já o cartão de crédito consignado funciona da mesma forma que um cartão de crédito normal, mas a fatura também é cobrada do salário ou do benefício. As taxas de juros das duas modalidades são diferentes e variam de acordo com o banco.
A medida, ainda assim, foi considerada polêmica pelo potencial de endividamento das famílias de baixa renda.
Fonte: Por Camila Zarur - O Globo
Comentários
Postar um comentário