Gestores do Bolsa Família de todo o País reforçam a integração entre diferentes áreas do programa
A articulação entre as áreas de assistência social, saúde e educação foi discutida entre o governo federal e mais de 200 coordenadores e gestores do programa
Foto : Ronaldo Caldas |
Mais de duzentos coordenadores e gestores do Bolsa Família se reúnem nesta semana, em Brasília, para discutir a integração entre diversas áreas do programa – em especial, a assistência social, a saúde e a educação. Representantes das três áreas e dos três níveis de governo participam do Encontro Nacional da Rede Colaborativa de Gestão do Bolsa Família, que segue até sexta-feira (29).
A abertura do encontro contou com a secretária adjunta da Secretaria Especial do Desenvolvimento Social, Neusa Kempfer, que destacou a importância da parceria entre o governo federal e os responsáveis pelo programa nos estados e nos municípios. “A grande sustentação do Bolsa Família são os municípios e os Estados. São eles que acompanham as condicionalidades, que fazem a seleção das famílias. São responsáveis pelas famílias para as quais fazemos essa transferência de renda. Então, é fundamental que a gente tenha esses encontros, porque o governo federal não tem como estar em 5.570 municípios”, afirmou Kempfer.
No painel “Gestão do Bolsa Família: integração de ações para a promoção da cidadania”, representantes do governo federal destacaram a importância da articulação entre as diferentes áreas do programa para a conquista de um atendimento efetivo às famílias mais pobres do País. No Rio Grande do Norte, segundo o IBGE, a população chega a 3,5 milhões habitantes. Cerca de 650 mil famílias estão incluídas no Cadastro Único – destas, 345 mil são beneficiárias do Bolsa Família. Segundo o coordenador do Bolsa Família e do Cadastro Único no estado, Jairo Maia, encontros nacionais resgatam a relevância do trabalho integrado.
“A importância não é só a transferência de renda, mas o acompanhamento que é feito com essas famílias. A gente foca muito nesse trabalho intersetorial: da saúde, educação, assistência social. Nosso objetivo de fazer essas reuniões intersetoriais e oficinas é nivelar o conhecimento, porque muitas vezes uma demanda não é minha, mas eu sei fazer o encaminhamento certo. Então, não retarda o processo de evolução, nem fragmenta as ações”, salientou Maia.
O secretário nacional de Renda de Cidadania do Ministério da Cidadania, Tiago Falcão, indicou o fortalecimento de uma rede colaborativa em torno do Bolsa Família como um dos pilares da política pública, concebida para ser executada de forma intersetorial: “Sem que todos esses atores funcionem de maneira articulada, o programa não funciona. E nós conseguimos, nesses 16 anos de Bolsa Família, construir não só uma atuação articulada, mas uma rede efetivamente colaborativa, em que ouvimos os nossos parceiros, trabalhamos de forma conjunta, entendemos onde estão as boas práticas, onde estão os problemas, para construir soluções de maneira conjunta. É trabalhar para melhorar a vida do cidadão e, para isso, o Estado tem que se organizar de uma maneira diferente, não em caixinhas onde cada um está preso às suas temáticas, mas, sim, na solução efetiva dos problemas sociais”.
Estiveram presentes no painel de abertura do evento a secretária nacional de Promoção do Desenvolvimento Humano do Ministério da Cidadania, Ely Harasawa; o coordenador-geral de Operacionalização do Cadastro da Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação, Liomar Leite de Morais Lima; a diretora do Departamento de Proteção Social Básica da Secretaria Nacional de Assistência Social, Tânia Garib e a coordenadora, Heloiza Egas; a secretária de Modalidades Especializadas de Educação do Ministério da Educação, Ilda Peliz; e a coordenadora-geral substituta do Departamento de Promoção da Saúde da Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Fabiana Azevedo.
Nesta sexta-feira (29), o Encontro Nacional da Rede Colaborativa de Gestão do Bolsa Família termina com oficina e espaço para diálogo entre os coordenadores municipais e estaduais de assistência social, saúde e educação. Em novembro, o Bolsa Família complementou a renda de mais de 13 milhões de famílias brasileiras, com valor médio pago R$ 191,08.
13º do Bolsa Família
Em dezembro, os beneficiários receberão, além da parcela normal, o 13º do Bolsa Família – pela primeira vez na história do programa. O pagamento da 13ª parcela a todos os beneficiários do programa foi anunciada em outubro, com a edição da Medida Provisória (MP) Nº 898. O adicional totaliza uma injeção extra de R$ 2,58 bilhões na economia. A medida reforça o compromisso do governo federal em combater as desigualdades sociais do país, aumentando o poder de compra da parcela mais pobre da população brasileira.
Por Karoline Avila
Assessoria de Comunicação
Ministério da Cidadania
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