Centro-Dia é referência no atendimento de pessoas com deficiência
Clarice Castro/ MDS
Aracaju (SE) - Desde criança, Isabela Cardoso Costa, de 32 anos, foi estimulada pela família a estudar e buscar sua autonomia. Terminou o ensino fundamental com dedicação e sempre gostou de desafios. Comunicativa, gosta de fazer amigos e está sempre disposta a aprender novas atividades. Com síndrome de Down, é no Centro-Dia de Referência para pessoas com deficiência que Isabela pode continuar a desenvolver suas habilidades. “O que mais gosto de fazer é pintar, além de aprender um monte de coisas”, conta ela.
E não é à toa. A unidade especializada de atendimento integra o Sistema Único de Assistência Social (Suas) e oferece atenção integral a jovens e adultos com deficiência para que conquistem autonomia, independência e socialização. Já para os familiares, o Centro-Dia serve de apoio ao cuidador para que possa realizar outras tarefas enquanto a pessoa com deficiência participa das atividades no espaço dedicado a ela.
Por indicação de uma psicóloga, a mãe de Isabela viu a rotina da família se transformar desde que a filha passou a frequentar a unidade. A aposentada Lygia Cardoso Costa, 73 anos, conta que Isabela ficou ainda mais comunicativa. “O convívio com outras pessoas foi especial porque seu comportamento melhorou muito e se desenvolveu bastante. Fico muito feliz principalmente pela relação com pessoas iguais a ela, que a entendem”, considera a mãe.
Isabela é uma das 40 pessoas com deficiência que utilizam diariamente o Centro-Dia Josealdo Bezerra, em Aracaju (SE). O local oferece atividades em grupo, oficinas e passeios nos turnos da manhã e da tarde. Gestos simples como beber água sozinho era um desafio para alguns usuários que hoje já conquistaram sua independência em pequenas atitudes.
A coordenadora da unidade, Lidiane dos Santos, explica que o papel da equipe é oferecer autonomia aos jovens e adultos, como também melhorar o convívio familiar dos usuários. “Alguns dos que chegam aqui apenas haviam convivido com suas famílias. Por isso, atividades como ir a uma praça servem para mostrarmos que eles podem conviver com outras pessoas e entender que aquilo faz parte da vida. Isso reflete paralelamente nas famílias”, explica Lidiane.
Serviço - No Brasil, 1.550 unidades oferecem o atendimento gratuitamente. Os serviços no Centro-Dia são realizados por assistentes sociais, psicólogos e terapeutas ocupacionais. O público-alvo são jovens e adultos, entre 18 a 59 anos, que possuem algum tipo de deficiência e as atividades se estendem também aos familiares. Para ter acesso, o cidadão pode procurar diretamente o Centro-Dia ou ser encaminhado pela rede socioassistencial.
*Por Carolina Graziadei
FONTE:MDS
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